sábado, 16 de fevereiro de 2013

EPICUREU(EPICUREUS!) - enciclopédia enciclopedia lexico


Bem-nascido...
- mal nasci e recusei o seio de minha mãe,
então pletora:
ato número um de sublevação.

Nasci sublevado
conjurado mineiro
cresci insurreto
porém reto
direto no direito
diletante no dilema :
digesto à dieta
em indigesto regime.

Por volta dos oito meses
falava tudo, cantava, arremedava bichos
e estudava, depois da meia-noite,
sob meia-lua ou lua inteira,
na não forma de foice (falciforme)
-  estudava besouros
os quais, posteriormente,
 aprendi a denominar "coleópteros"
graças a um amigo
cujo nome era o do inventor do rádio
( mas não das ondas senoidais).
Para mim, na minha etimologia,
esta palavra pertence àquele amigo
hoje separado do corpo
pela foice da morte
que ceifa na hora da ceifa
- que vitima a vindima.
( Tudo isso são versos da poesia de minha mãe,
hoje não mais pletora,
mas um macróbio
a caminho do pesadelo de Alzheimer).

( O mal de Alzheimer é uma demência,
sendo demência tudo que mitiga
a capacidade cognitiva.
Seriam dementes para fora,
no bota-fora com alforria da ciência
e seu padrões tópicos,
às vezes utópicos,
num âmbito mais amplo, ancho
deste conceito psiquiátrico,
todas as pessoas
cuja mente ou intelecto
tem capacidade cognitivas limitadas?!
- sob doença ou não?
Vendo assim ancho
essa concepção do mal
do médico Alzheimer
se infla num anjo gordo.
Pobre Alzheimer!))
(Parkinson outrossim descobriu um mal
que cavalga a galope de Apocalipse, cataclismo...;
tão-só Platão desvelou o bem
no alumbramento da aletheia.
Ainda bem!,
que nem tudo vá bem mal)).

Aquele meu amigo
que me forneceu os instrumentos para pensar
- tornar-me pescador na barcarola
de homens e epicúreos
cheios de tédio
deste mundo de criaturas
(que se atura
até que tolerância satura!!)
- criaturas afogadas pela demência
que paira divinamente,
em companhia da Moira,
sobre o espirito pensante
- e mercante.

Aquele ótimo amigo jamais conheceu
- nem eu,
nenhum Epicuro,
só epicureus, cepas de maniqueus, jebuseus...,
- homens que não tiraram o pensamento de si,
mas de outrem,
dos homens judiciosos.
Criaturas dementes,
tementes, sem mente
e sem necessidade do desenho
concebido por Alzheimer
para algo que doa,
- ocasione muita dor,
porquanto a demência
nos animais que vagam em rebanhos
não é inata
mas adquirida
na histeria do rebanho
que fácil estoura
no pânico invertido no mata-mouros,
ferrabrás...

Aquele lídimo amigo
morreu de forma triste e lamentável
e o seu cadáver,
ao que consta de relatos sucintos,
estava horrível e enegrecido.
Ele, que fora belo em vida,
sábio e erudito,
ingênuo e nobre,
faleceu sob o peso da tragédia
que assola a todos os mortais.

Toda a morte é feia :
bela é a tragédia
- que tem o fito
de ocultar no sublime
o horror do esgar
na face da morte,
que é a máscara do morto,
mortuária máscara
na cara do homem morto
que não encontra mais destino,
mas sim sino que bimbalhe
num macabro baile
e carpideiras que espalhe
- o vento vão
sem sangue de coração
nos olhos de quem olha
para o nada exposto:
o homem morto,
um anjo morto,
ancho, gordo de vermes.

Tão-somente o "pathos" filosófico da tragédia
avocada pelo filósofo Nietzsche
a compor um penso penoso no apenso,
pode salvar o homem
na Paixão de Cristo
- uma tragédia genuinamente grega
para arameus, cananeus, amorreus
e muitos outros eus
metidos no capote dos adustos
Augustos dos Anjos ateus,
com maus augúrios
nos versos do poeta "Augusto" ,
coveiro, caveira e corvo da poesia lírica.

( Conto que contarei,
cantarei
minha história
em cápsulas de memória
e resquícios de Moiras
porquanto os conceitos
não cabem na vida
muito menos as palavras sem ar
daqueles que não respiram
a pira flamejante
que queima meteoricamente
uma inteligência emancipada,
milagre raro de demiurgo raro,
porém fato na personalidade de Van Gogh,
Epicuro de Samos(Epicuro de Samos!)
e poucos outros.

O que somos
Epicuro de Samos?!
Pergunta aquele que estudou entomologia
sem o logos grego,
no âmbito do pensamento mágico
de uma criança recém-nascida.
( Não responda dos túmulo dos signos,
Epicuro de Samos
corpo em retorno á terra
e alma em movimento contínuo
na dança dos signos
que faz dançar o pensamento vivo,
eterno no cavar os signos
nos pensamentos dos leitores
e leitoras "pletores", pletoras).


( Excerto da obra "Da Engenharia e Reengenharia da Bruxa" )

Ficheiro:Valkyrie Copenhagen.jpg
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sábado, 9 de fevereiro de 2013

ARGUÍ(ARGUIR!) - glossario glossário


Ao vê-la pela primeira vez
fiquei tão impressionado
( impregnado pelo impressionismo!)
 com tudo o que vi nela
do passo à postura,
vestes, modo de andar,
cabelos e, principalmente,
um profundo desprezo
pelos homens e mulheres
deste mundo
menor que ela,
que arguí(arguir!) ao colega mais próximo
quem era aquela mulher
tão esplendorosamente bela.
O colega retorquiu ( ou tossiu?!... pigarreou...)
que  marido dela era riquíssimo.
Então , pensei ( para me consolar?!)
que nenhum homem pode der tão pobre
a ponto de poder
ofertar apenas dinheiro,
nem tão rico
que pudesse oferecer
tão-somente inteligência,
sabedoria, erudição...
- mas mais, muito mais;
amor apaixonado
de pastor apaixonado
e cavaleiro andante devotada
á mulher amada
assim como o foi Dom Quixote de La Mancha,
o Cavaleiro da Triste Figura,
símbolo do homem
em seus caminhos....
- um caminhão! :
caminheiro a caminhar
acariciando as ervas daninhas
com olhos
- nas boninas.

Era uma mulher bela
tão bela era
que nela
a luz incidia
como se fora ela
a única mulher a bela
na terra de tantas mulheres
e raros homens
- de verdade.

Quão bela era ela!
Uma beldade
na qual vi
a luz pela primeira vez.

Jesus! A luz
sem piedade de mim
iluminava apenas uma mulher,
dava-a á luz
em minha presença
de olhos arregalados,
a cintilar, fulgurar
no olhar da paixão,
do amor à primeira vista,
do alumbramento do poeta do Recife,
dos arrecifes...
os quais não arrefecem....

Era como se meus olhos
dessem à luz
uma mulher bela,
na idade da fêmea,
plena na majestade da saúde
que faz de qualquer idade
uma deusa da juventude
a se exprimir na beleza
desenhadas a dedos por Deus
nas linhas do rosto,
nos cabelos bastos
pretos retintos
a brilhar feito estrelas negras
-  regra na noite
nas suas madeixas nigérrimas
com deixas, mechas
e endechas em pouco queixume,
mas muito lume
no  meu versejar
ao leu no breu
passando no céu
em mocho e morcego cego
que Jesus não curou,
mas a natureza pôs
um sonar empós as alvas.

Quando a vi
- vi-a subindo as escadas
( Mulher subindo as escadas
de Marcel Duchamp...)
e via a luz à gelosia
como uma Via
( uma Via Cassia!)
iluminando-se na face dela,
pois ela era a luz
e a luz - trevas.

Digo que ela era bela,
( belíssima!),
porque ao consonar
com o filósofo ou pensador pré-socrático,
Heráclito de Éfeso,
creio que ninguém
pode por duas vezes
encetar e terminar
a travessia de um rio,
pois na segunda travessia
o primeiro rio
já é um segundo rio,
assim como os Evangelhos,
ou mesmo outro rio
ou, ainda, outros rios
com átomos no amplexo
que formam o amor
que cria as águas
sobre as quais o espírito do Senhor paira,
mas não para nunca
de rir de mim
com ricto ruim
e uma lágrima sem sal,
insipida, inodora,
porém com bastante sódio
em solitude no solo
e solilóquio atômico
sem o dueto
que forma o bicarbonato
- de sódio
descrito em linguagem química,
poesia em pó, alquímica,
rítmica na mímica
dos signos e símbolos
da Tabela Periódica dos Elementos
descoberta pelo intelecto
do sábio Mendeleiev
- um barba-russa da Rússia
dançante no balé de Stravinsky
na obra abstrata do filósofo-pintor Kandinsky
e nas odes pictóricas de Marc Chagall....
dono de um domo
na aldeia congelada na imaginação fértil
do poeta-filósofo que escreve em mim
com sangue no estilete
num crescendo Crescente Fértil.

Disse que ela era bela,
mas foi para consonar
com o pensar de Heráclito, o obscuro :
Ela continua bela
passando por outro arroio
pensado por outro filósofo do vir-a-ser,
que come arroz no arrozal.
Um pensador que não
aquele Heráclito,
próximo a Aquiles,
a fluir, fluminense, fluvioso, efluvioso,
em não-pluviosidade,
mas fluviosidade
indo a chorar,
por lágrimas da madrugada
( orvalho, rocio, aljôfar)
em outro afluente do ribeirão d'outro douto,
erudito, sábio Heráclito
- este, longe de Éfeso e dos efésios...

Ela continua não-nua,
contida (eu incontinente!),
dando a luz aos meus olhos
- dando a luz à luz
mesmo no lusco-fusco...
- tão bela que ela é! :
que chama a luz
para radiar em seu semblante
radiante
- radiante sol!

Foi ela quem
deu à luz os meus olhos
e ao meu olhar
quando a vi
com toda a beleza da mulher
e de todo o universo
enfeixado em seu ser :
corpo e alma.
( Deus pode ser visto ali,
naquele momento,
naquele olhar,
naqueles olhos refletindo ( defletindo?!)
aquele corpo
e aquele alma de mulher!).

 Antes eu era um cego, Jesus!,
- mas ela realizou este milagre
de me fazer enxergar
- a mulher
somente nela.

( Todos os Apócrifos da Medusa
podem ser lidos nela
porque nela estão escritos
por este escriba.
Não são a descrição dela,
mas sim ela escrita
para todas as linguagens e línguas ).

Este poema é uma descrição sucinta
e fidedigna da Medusa;
faz jus à  sua beleza inexcedível,
majestática e imperecível.

( Extrato dos "Apócrifos a Dois Passos da Medusa e a um Tiro do Paço de Alhambra ", textos em versos de um filósofo-poeta-pastor apaixonado).



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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

MEROVÍNGIOS(MEROVÍNGIOS!) - wikcionario wikdicionario


Os únicos psiquiatras que li
foram o humanista Erasmo de Rotterdan
e o filósofo Michel Foucault;
os outros eram reles,
ralé mesmo :
meros médicos,
médios, medos-persas
da Média, terra
com termo nos Montes Zagros;
merovíngios(merovíngios!)
sem trono e cetro,
sem solidéu,
de déu-em-déu
feito as andorinhas pelo céu,
em escarcéu,
ao léu do téu-téu,
que não é réu,
confesso.
( Reles, reles, reles
é toda a realeza
face à beleza da Medusa
que me faz de pedra
com seu olhar
de dentro da noite negra
em seus olhos negros
e seus cabelos nigérrimos
com cabedal de víboras...
Arrogante olhar de menosprezo!).

Goya, outrossim, era acurado psiquiatra,
assim como Bruegel, o velho,
nas crônicas pictográficas,
nos debuxos e gravuras
que punha à mostra
a loucura do tempo
na barca ou nau dos insensatos.
Os outros, pseudo-psiquiatras,
meros charlatães que vendem pílulas
cheias de medo e placebo
para um sono dogmático-pragmático
de Kant antes do canto do cisne.
(Que sinto pela Medusa!?!:
dizem os homens e as mulheres
- que é amor,
paixão desabrida;
sei eu só,

somente eu,
em foro íntimo,
que não intimo,
nem julgo feito juiz,
- sei! que é  paixão desabrida
em todas as línguas de fogo

em todas a línguas cantadas
pelos pelos dos arcanjos e serafins
que se queimam
neste cadinho...:cadinho cabal!
Paixão tão intensa!
- que a tensão entre nós
é a um tempo
de atração e repulsão
como dois lados do imã
a se atrair e se repelir,

concomitantemente,
mas nunca a se trair,
pois o amor jamais trai,
- mas mais atrai
que todo o pólo magnético da Terra,
que roda o pião,
ó Judas Iscariotes!,
reles criatura!,
vívido em tantos homens vis
e mulheres vãs
que vagam em vão
sem o fogo da paixão verdadeira,

verdadeira como a pomba-verdadeira!
- Veraz!
(Verás que é veraz
o fogo que me queima
em serafim me transtorna
e transforma, traspassa :
- por uma só medusa
e não por meia dúzia
de mulheres que vegetam
no país de Elão,
onde jorra o deserto
- em miragens!).

Assim como não há lugar
para psiquiatras
depois daqueles sábios e eruditos,
não  há lagar
para se mirar
céus e terras
se a Medusa
não estiver
entre eu, o telúrico,
e o luar celeste
- lua que luta
branca-de-nuvem, no início do dia,
pálida, esgarçante,
dainte do sol que enxuga
as lágrimas da noite
que passei sem ela
na cama ou na lama,
não importa a gama,
mas assáz a dama
- da noite
de um catalão, Joan Miró
a me mirar
no arroio de rocio em cio
da madrugada dos galos em gesta,
trovadores em amores.
(Reles, reles, reles
é qualquer estrela de escarcha,
qualquer alteza
face a altivez da Medusa!

- musa minha).


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